Companheira me ajuda que eu não posso andar só...

O dia 25 de novembro foi escolhido como Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher em homenagem às irmãs Mirabal. Mais conhecidas como “Las Mariposas” – Maria Teresa, Pátria e Minerva – foram heroínas na luta contra a ditadura de Rafael Leônidas Trujillo, na República Dominicana. Mas, em 1960, as irmãs foram brutalmente assassinadas pelo ditador.

Esta data foi escolhida para levantar reflexões sobre a violência que grande parte das mulheres sofrem. Você sabia que em todo o mundo a violência doméstica mata 5 mulheres por hora? Os números demonstram que, na verdade, as reflexões não devem surgir apenas no dia 25 de novembro, elas devem acontecer em todas as horas. Na sociedade brasileira, segundo pesquisas do Datafolha, 503 mulheres são vítimas de agressões físicas a cada hora. Menos de 50% denunciam.

Segundo as estatísticas, mais da metade de assassinatos de mulheres foram cometidos por familiares, sendo que a maioria desses crimes (35%) tem como autores seus companheiros ou ex-companheiros. Mas a violências não ocorre apenas entre quatro paredes. Ela persegue as mulheres em todos os lugares. A violência também ocorre nas ruas, nas escolas, nos locais de trabalho. O Mapa da Violência 2015 aponta que entre 1980 e 2013 aumentou 252% o número de mulheres assassinadas. A previsão é de que os números aumentem ainda mais.

A partir da análise de dados das Nações Unidas levantados em 70 países, a ActionAid (entidade parceira do CTA) elaborou um estudo que prevê que mais de 500 mil mulheres serão mortas por seus companheiros ou familiares até 2030. O estudo também revela que apesar de diversas campanhas pelo mundo, a violência ou a ameaça ainda é uma realidade diária para milhões de mulheres.

Chega de aceitar tanta violência! Está na hora de acabar com essa história de “mulher de malandro gosta de apanhar”. Isso não existe. Como também não deve mais existir a história de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher!” Não devemos julgar a mulher que permanece em uma relação violenta, mas procurar entendê-la e ajudá-la. A violência contra a mulher não é uma questão particular, é um problema social que precisa ser enfrentado e denunciado.

Ao se deparar com uma situação de emergência, ligue para o 190 e peça o apoio da polícia. Neste caso, seja bastante enfática em relação à gravidade e urgência da situação. Caso esteja insegura ou não queira chamar a polícia, procure os serviços de orientação jurídica e/ou psicológica. Ligue para o 180 e verifique se esses serviços estão disponíveis em sua cidade. O 180 também serve como disque-denúncia, é gratuito, funciona 24h por dia, todos os dias do ano, e pode te esclarecer e orientar sobre o que fazer.

 

 

 

 

 

 

 

Autor: Wanessa Marinho

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