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Projeto Conviver debate Identidade Negra e Quilombola com crianças e jovens do Buieié

A professora de arte-educação do projeto, Janaína Silva, acredita que trabalhar a temática negra e quilombola com os moradores da comunidade Buieié também é uma forma de valorização da identidade e empoderamento das crianças e adolescentes, já que as aulas buscam despertar nos participantes o interesse por conhecer a própria cultura e desenvolver sua identidade sóciocultural. A partir de atividades lúdicas, como o desenho e a pintura, vão conhecendo a história de sua comunidade e são apresentadas a costumes e brincadeiras que foram se perdendo com o tempo.

No final de 2017, a turma dos “graúdos” - como Janaína se refere aos adolescentes do projeto - começou a trabalhar uma Árvore Genealógica na qual a ideia é fazer com que eles conheçam sua própria história e desenvolvam uma identidade territorial. Entretanto a identidade negra e quilombola já vem sendo trabalhada há meses e a professora afirma que já é possível perceber o avanço no grupo e o reconhecimento de que a comunidade do Buieié é uma comunidade quilombola familiar, onde existe um alto grau de parentesco. Nas aulas de Arte-Educação, as professoras também abordam questões ligadas à sustentabilidade, política e cenário nacional, dentre outros temas, cujo objetivo é contribuir para que as crianças e adolescentes se tornem adultos mais conscientes.

Já nas aulas de Capoeira Angola, eles aprendem sobre as raízes africanas da capoeira, os movimentos do jogo, ritmos, instrumentos, ladainhas, como também os fundamentos dessa expressão cultural. O professor Matheus Falcão, uma das lideranças do Centro de Capoeira Angola OuroVerde, explica que o Projeto Conviver, “dentro do universo da Capoeira Angola, também trabalha o samba de roda, o maculelê, a percussão e outros ritmos afro-brasileiros”. Ele ainda destaca que as aulas são gratuitas e abertas a toda comunidade, inclusive para os adultos que podem treinar capoeira junto com os graúdos.

Com sede na Violeira, o CTA-ZM (através do Projeto Conviver) atende pessoas de diversas faixas etárias, principalmente as que vivem nas comunidades do seu entorno, atuando no assessoramento, na defesa e na garantia de direitos. Além das aulas de Capoeira Angola e Arte-Educação, o Conviver também oferece aulas de Consciência Corporal e encontros para Desenvolvimento Humano (voltados para as mulheres) e ainda realiza a Feira Agroecológica e Cultural da Violeira (em parceria com a Universidade Federal de Viçosa e a Comunidade Presbiteriana de Viçosa).

Autor: Sarah Venâncio

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