A história de Edinha e Gil, da Feira Agroecológica e Cultural da Violeira

A Feira Agroecológica e Cultural da Violeira acontece uma vez por mês no pátio da Comunidade Presbiteriana de Viçosa (CPV) e reúne agricultores familiares, prossumidores, crianças, professores, estudantes e demais colaboradores da rede agroecológica de Viçosa.

Na barraca da Edna Oliveira (carinhosamente chamada de Edinha) e do Gilberto da Silva (o Gil), o prossumidor encontra uma leva de variedades, como por exemplo: abiu, melão, cana, pêra, berinjela, rúcula, lobrobrô, batata yacon, couve-flor, taioba entre outras verduras, legumes e frutas. Morando na Violeira, o casal não abre mão de cultivar produtos sem o uso de veneno. Edinha afirma que já plantava algumas coisas em seu quintal mesmo antes do nascimento da sua filha mais velha, hoje com 10 anos. Porém, após três meses do seu nascimento, Edinha não pôde mais amamentá-la, e por isso o casal redobrou a atenção em relação a alimentação da menina. “Ela começou a comer coisas diferentes mais cedo. Fazíamos sopa, papinha...Mas, por ser tão nova, não confiamos em dar a ela alimentos que não sabíamos de onde vinham, a partir daí comecei a plantar de tudo”, ressaltou a agricultora familiar.

Edinha conta que vizinhos sempre buscavam frutas e legumes gratuitamente porque sobrava muita coisa. E começaram a incentivá-los a comercializar seus produtos junto ao CTA. “Hoje, graças a Deus, além de vender alimentos que prezam pela saúde do ser humano, o retorno financeiro é muito bom também. Participo das Feiras Agroecológica da Violeira e da ASPUV, na UFV. As pessoas podem confiar que os produtos não têm veneno mesmo, pois a minha filha mais nova, de 5 anos, faz propaganda pra mim. Ela come de tudo quando está ao redor da barraca”, concluiu sorridente.

O cubano Angel Recio também tem experiências positivas pra contar. Morador de Viçosa há 10 anos e frequentador da Feira Agroecológica da Violeira, ele recomenda principalmente pra quem ainda não conhece: “Além de envolver essa questão da saúde ao adquirir produtos sem agrotóxicos, aqui é um bom lugar para descansar, o ambiente traz muita paz. Minha filha também pode brincar à vontade no balanço, jogar bola e interagir com outras crianças”. Angel relata que ele e a esposa não têm parentes em Viçosa, “por isso é sempre bom conhecer outras pessoas, experiências e se distrair um pouco” assegurou o cubano.

A professora do Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa, Ana Lídia Galvão destaca a importância de parcerias para o sucesso da Feira. Uma delas é realizada com projetos do Departamento de Educação Infantil, que revezam as atividades com crianças, na intenção de estimular a arte e prezar pelas relações humanas de companheirismo e aprendizado coletivo.

Ana Lídia afirma que novas ações estão sendo planejadas para este ano, como oficinas realizadas pelos próprios agricultores familiares. Além disso, questionários estão sendo aplicados com os participantes para que eles opinam sobre o que pode ser melhorado na feira. “Nossa intenção é fazer coisas diferentes para expandir a Feira, atraindo assim novos públicos para o crescimento da agroecologia em Viçosa e na região”, enfatizou.

 

Autor: Weliton Mateus

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