
Maria atua nos movimentos sociais há quase 20 anos, mas chegou junto do movimento agroecológico um tempo depois e o primeiro contato foi através da Troca de Saberes. Desde então, ela vem avançando nas práticas agroecológicas, aplicando os cuidados no seu quintal e pensando em novas formas de cuidar das plantas e da terra, sem o uso de agrotóxicos e respeitando a natureza e todas as formas de vida.
Hoje, além de integrar a Comissão de Mulheres do Sindicato de Acaiaca, Maria também é presidenta do Conselho Municipal das Mulheres e, como ela mesma diz, sempre procura contribuir para a sociedade, começando pelo seu bairro e município. Ela também tenta conversar com as pessoas sobre a importância de ter uma alimentação mais saudável e agroecológica, de comer “comida de verdade” mas, nesses anos de atuação, tem percebido que muitos conhecem a agroecologia mais na teoria e por isso ela vem fazendo a sua parte para encontrar maneiras de aproximar cada vez mais as pessoas das práticas e saberes agroecológicos. Foi assim que surgiu a ideia de construir uma horta comunitária, proposta que foi aceita com todo apoio e entusiasmo pelas suas companheiras.
Além de possibilitar uma alimentação de qualidade, com autonomia e segurança alimentar, os produtos dessa horta também podem ser comercializados nos mercadinhos, feiras, Cooperativa e para a merenda escolar local. “Além de ter uma alimentação de qualidade, as famílias também vão ter uma geração de renda”, destaca Maria.
O grupo é composto por seis famílias que residem no próprio bairro. A área onde a horta será implementada é um terreno da prefeitura, e foi cedido no regime de comodato para o grupo, que para a execução do projeto vem buscando o apoio de vários parceiros como a Prefeitura de Acaiaca, Cooperativa da Agricultura Familiar de Acaiaca, Sindicato dos (as) Trabalhadores (as) Rurais, Comissão de Mulheres e também o CTA-ZM.
A nossa equipe vai acompanhar passo a passo o desenvolvimento desse projeto incrível. E é importante ressaltar que a entrega foi apenas para Maria para evitar aglomerações e respeitar todos os protocolos de segurança para prevenção a COVID-19. Como representante do grupo de Mulheres, ela mantem um diálogo constante com as outras integrantes do grupo.
Os materiais distribuídos pelo CTA-ZM, como forma de apoio à execução da horta comunitária, foram adquiridos através de aporte financeiro do projeto Porticus GR-07103; e projeto ECOFORTE 17.231, junto à Fundação Banco do Brasil e BNDES.