O grupo Apêti é integrado por estudantes da UFV e por profissionais que realizam experimentos de sistemas agroflorestais (SAFs) há vários anos em Viçosa. Desde 1995, a sede experimental do grupo está localizada no CTA. Na semana passada, como de costume, a equipe estava fazendo o manejo nas áreas trabalhadas. O que chama a atenção é que várias espécies são encontradas juntas como cacau, café, banana, juçara, amora, manga, inhame entre outras, todas se interagindo e cooperando entre si no meio ambiente.
Luca Aquino, estudante de agronomia na UFV e membro do grupo Apêti, também afirma que o grupo realiza os experimentos por acreditar na sua necessidade para o Brasil e para o mundo, já que muitos problemas enfrentados hoje, como deslizamentos, erosões e enxurradas são evitados pelo sistema agroflorestal sucessional. “O aprendizado com a natureza é muito importante. A gente entende que é necessidade se preocupar com a proteção do solo, entre outras coisas, e não só produzir o alimento”, conclui.
Entre os integrantes do Apêti está também Daniel Nocera, de acordo com o agrônomo, “o sistema agroflorestal sucessional é muito complexo e biodiverso, e que carece de mais experimentos. Ele se baseia pela sucessão natural das espécies, na qual as menos resistentes vão dando lugar para outras que possuem mais resistência e longevidade”.
Daniel ressalta que esse tipo de agricultura mais sustentável deve ser divulgada, pois suas vantagens são inúmeras como uma maior diversificação da produção, um sistema mais resistente e de maior resiliência a qualquer tipo de intempérie (ou seja, pode se alterar, mas volta ao seu normal), a produção de alimentos o ano todo, a conservação da água, a não necessidade do uso de veneno (controle químico) e a cooperação entre as plantas no ambiente.
Sobre a origem do nome Apêti
A explicação para o nome Apêti, encontrada no blog do grupo, é que “Os índios Caiapós chamavam de ‘Apêti’ a fase clímax de consórcios de diversas espécies de interesse alimentar, medicinais e madeireiros cultivados em clareiras circulares dentro da floresta”.
Para saber mais, acesse: apetiagrofloresta.blogspot.com.br