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Observatório sistematiza experiências das Cadernetas Agroecológicas nos quatro cantos do país

Alessandra Olivato, agricultora no Córrego Barra Alegre, zona rural do município de Santana do Manhuaçu (MG), compartilha sobre sua experiência participando das cadernetas, contando que através do processo de anotações conseguiu visualizar o tamanho de sua produção. E que, a partir disso, passou a buscar participação em programas de comercialização, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de entregas particulares.

“Achei uma experiência encantadora porque a gente não tem noção, sem anotar, do que produzimos. E quando começamos a anotar podemos ver a beleza que é de diversidade em produtos que plantamos, comemos e vendemos. E o melhor: tudo sem agrotóxicos, tudo agroecológico. Por isso, acho muito importante a gente compartilhar com outras mulheres essas experiências para mostrar que nós mulheres somos autônomas, que a partir das nossas casas e quintais podemos alimentar a nossa família e tirar uma renda extra”, completa.

Observatório: experiências tornando-se dados

O Observatório das Cadernetas Agroecológicas foi criado em 2021 e tem o objetivo de sistematizar as experiências e disponibilizar os resultados para pessoas e organizações interessadas, como forma de subsidiar debates e ações em torno das mulheres do campo.

Para Thalita Rody, técnica do Programa Mulheres e Agroecologia do CTA-ZM, a formulação de políticas públicas e a compreensão das distintas realidades muitas vezes demandam números que comprovem o que se está falando. Além disso, as cadernetas contribuem no processo de autonomia e na maior participação das mulheres em espaços de tomada de decisões.

“Mulheres ocupando esses espaços, compreendendo sua importância na conservação da biodiversidade, na guarda de sementes, na economia familiar, nas relações comunitárias e sociais é uma grande revolução que a Caderneta proporciona. Por isso, desejamos vida longa ao Observatório, que tem por princípio contribuir com presentes e futuros projetos de autonomia das mulheres e com o fortalecimento da agroecologia”, conclui.

O Observatório também busca contribuir com a visibilidade e a produção de conhecimento e de pesquisas; com a elaboração e divulgação de materiais que abordem experiências no trabalho com as mulheres do campo; com o monitoramento dos projetos em desenvolvimento por meio das Cadernetas; com a continuidade do trabalho das Cadernetas em outros contextos e territórios; e com a formação de pessoas que atuem com as mulheres do campo.

Envio e acesso às experiências: Como se somar a essa rede?

O observatório está, neste momento, em processo de levantamento e sistematização das experiências, que podem ser compartilhadas aqui ou pelo email observatoriodascadernetas@ctazm.org.br

Outros materiais que constam experiências relacionadas às cadernetas também estão disponíveis na biblioteca do CTA-ZM, na seção Cadernetas Agroecológicas


Autor: Michele Sotero

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