O Programa de Formação Feminismo e Agroecologia (PFFA) chega à etapa final de sistematização, com o segundo e último encontro marcado para este final de semana, em Espera Feliz. O evento reunirá jovens participantes, mulheres rurais e organizadoras para consolidar os aprendizados e metodologias construídas ao longo da formação, além de planejar os próximos passos.

A primeira reunião dessa etapa aconteceu em Simonésia (MG) e incluiu reflexões sobre a trajetória do programa e discussões sobre como transformar as vivências em materiais que inspirem novas ações. “Essa sistematização não é apenas um registro, mas um processo de fortalecer o que foi construído e gerar impactos duradouros”, explicou Alessandra Bernardes, coordenadora do PFFA.

Como parte do encerramento da etapa de sistematização, o PFFA seguirá para a conclusão de produtos que sintetizem as aprendizagens, como o caderno de metodologias, o vídeo-documentário e o boletim *Nossa Roça*, que será escrito coletivamente pelas participantes. “Esses materiais são fundamentais para garantir que os resultados do programa alcancem outras iniciativas e ajudem a inspirar mais mulheres e jovens na luta por uma agroecologia feminista e inclusiva”, destacou Alessandra.

O encontro em Espera Feliz também será um momento de fortalecer os laços criados ao longo da formação e refletir sobre o legado deixado pelo programa. “A agroecologia é um projeto de vida, e acreditamos que, sem juventude e feminismo, não é possível avançar nesse caminho”, concluiu Alessandra.

Sobre o PFFA

O Programa de Formação Feminismo e Agroecologia foi realizado em três módulos itinerantes, nos municípios de Acaiaca, Simonésia e Viçosa, abordando os temas Identidade, Territórios e Autonomia. Com uma abordagem feminista e antirracista, a iniciativa buscou fortalecer jovens e mulheres rurais e aproximá-las do movimento camponês e agroecológico da Zona da Mata.

A formação se destacou pelo uso de metodologias criativas, como jogos teatrais e espaços autogestionados, proporcionando um ambiente acolhedor e inclusivo. Além de fomentar lideranças, o PFFA integrou a origem do GT Juventude do Polo Agroecológico, ampliando a participação da juventude no fortalecimento da agroecologia.

Esta é uma das ações do "TED do Polo" - Termo de Execução Descentralizada (TED nº 30879420230032-001272/2023), intitulado “Inovações em agroecologia e sistemas orgânicos de produção, tecnologias e conhecimentos apropriados às famílias agricultoras e de povos e comunidades tradicionais do Polo Agroecológico e de Produção Orgânica da Zona da Mata de Minas Gerais”, financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e em uma parceria com a Universidade Federal de Viçosa , que tem como direção mais ampla consolidar e fortalecer o Polo Agroecológico e de Produção Orgânica da Zona da Mata (Lei 23.207/2018).