Seminário Territorial do Polo Agroecológico da Zona da Mata é realizado em Divino - MG

No dia 6 de junho, em Divino, aconteceu o Seminário Territorial de construção do Sistema Participativo de Garantia da qualidade orgânica e agroecológica na Zona da Mata mineira (SPG). O encontro reuniu representantes de diversos coletivos dos municípios Espera Feliz, Lajinha, Orizânia, Fervedouro, Carangola e Faria Lemos. Diversas entidades parceiras estavam presentes como a SINTRAF, COOFELIZ, Movimento de Mulheres Da Zona da Mata e Leste de Minas (MMZMLM, Cooperativa de Agricultura Familiar de Lajinha (COAFA), COOPAF, SAF, Grupo SAT, Grupo de Mulheres Raízes da Mata, entre outras.

Foto: Angélica Almeida.

O objetivo do seminário territorial foi promover um espaço de trocas e diálogos sobre as práticas e processos alimentados no cotidiano das famílias camponesas, valorizando deste modo as experiências da construção da agroecologia já existentes no dia a dia das(os) agricultoras (es). As discussões realizadas no Seminário Regional do SPG em Viçosa, guiaram os debates desse encontro.

Entre as discussões, os grupos perceberam que entre o orgânico e a agroecologia existem diferenças como por exemplo, o orgânico possui foco no produto, enquanto a agroecologia se preocupa com todo o agroecossistema. Além disso, perceberam também que os intercâmbios agroecológicos facilitam a construção, compartilhamento de saberes e a transição das produções convencionais para a agroecologia.No primeiro momento do encontro, as(os) participantes formaram grupos de trabalhos para debaterem questões como: “O orgânico é diferente do agroecológico? Quais os benefícios e desafios da certificação orgânica? Como está a participação das mulheres e jovens nos processos?”.

Foto: Angélica Almeida.

Além disso, as(os) participantes reconheceram a importância do envolvimento das mulheres em todo o processo da certificação participativa e que, ao estarem dentro dos movimentos e da construção do sistema, elas conseguem aproximar mais a família e os filhos para fortalecer o SPG e a agroecologia. Surgiu também a proposta de trabalhar nas escolas o tema da educação e conscientização da importância do trabalho do(a) agricultor(a) para as gerações mais jovens.Durante o debate, as questões como comercializar e acessar os mercados, encontrar insumos para a produção, envolver toda a família no processo e controlar o uso de veneno pelos vizinhos - que podem acabar contaminando a produção agroecológica-, surgiram como desafios a serem superados na produção. Já a garantia de qualidade orgânica dos produtos para os consumidores, o reconhecimentos dos produtos e de quem os produz, o equilíbrio e saúde gerado para o ecossistema e todo valor agregado ao produto final, são alguns dos grandes benefícios encontrados na certificação orgânica. Um participante do seminário relatou que “o maior certificado que podemos ter é a nossa consciência”, justamente por saber a qualidade do que produz e do que comercializa.

Foto: Angélica Almeida.

No segundo momento, Maria Alice realizou uma breve explicação sobre a construção do Polo Agroecológico da Zona da Mata, com o enfoque na importância dos intercâmbios e encontros para a construção e compartilhamento dos saberes. Após esse momento, ela falou também sobre o SPG e a importância do ser agroecológico. Houve uma discussão sobre os diferentes selos de certificação e nesse momento, as(os) agricultoras(es) puderam tirar as dúvidas a respeito das diferenças de cada selo e de que maneira a transição do convencional para o orgânico podem ser realizadas, e quais as medidas de segurança para a fiscalização desses produtos.

Autor: Lara Viana

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