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O Programa Educação e Agroecologia do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) visa integrar a educação popular com a Agroecologia, através da arte e educação ambiental, promovendo a formação crítica e emancipadora de crianças, adolescentes, educadores e comunidades escolares. O programa parte do entendimento de que a educação é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, sustentável e solidária, onde o conhecimento agroecológico possa ser compartilhado, adaptado e ampliado de forma coletiva.

Nesse sentido, o Programa Educação e Agroecologia, através dos Projetos Curupira e Conviver, tem gerado um impacto significativo em escolas e comunidades rurais da Zona da Mata mineira. Além de promover a sustentabilidade ambiental, o programa contribui para a autonomia das crianças e adolescentes, ao oferecer-lhes as ferramentas e os conhecimentos necessários para fortalecer seu protagonismo e suas identidades culturais.

Dentro desse contexto, o Projeto Curupira se destaca como uma das principais ações do Programa Educação e Agroecologia. Inspirado no personagem do folclore brasileiro que protege as florestas e a natureza, o Projeto Curupira tem como objetivo sensibilizar e educar crianças e adolescentes sobre a importância da Agroecologia e da conservação ambiental. O projeto promove atividades educativas, oficinas lúdicas e vivências que conectam os participantes com a natureza, incentivando o respeito e o cuidado com o meio ambiente.

O Projeto Curupira atua principalmente em escolas rurais e periurbanas em comunidades da Zona da Mata mineira, promovendo uma educação contextualizada que valoriza os saberes locais e a cultura popular, buscando contribuir para a formação de uma nova geração de cidadãos comprometidos com a sustentabilidade e a Agroecologia.

Outro pilar importante do Programa Educação e Agroecologia é o Projeto Conviver, que tem como foco a integração de práticas agroecológicas, cultura e educação popular. Um dos elementos centrais do Projeto Conviver é o Quintal Escola na sede do CTA-ZM, transformando o espaço em um ambiente de aprendizagem e experimentação agroecológica. No Quintal Escola, as crianças e jovens têm a oportunidade de cultivar hortas diversificadas, integrar plantas medicinais, criar pequenos animais e desenvolver sistemas de captação e uso sustentável da água. Ou seja, o quintal funciona como laboratórios vivos, onde práticas sustentáveis são aplicadas e ensinadas, servindo de modelo também para a comunidade local.

Um aspecto cultural significativo do Projeto Conviver é a inclusão da Capoeira Angola nas suas atividades. A Capoeira Angola, com suas raízes na resistência dos povos africanos escravizados no Brasil, é uma expressão cultural que combina luta, dança, música e história. No contexto do Projeto Conviver, a Capoeira Angola é mais do que uma atividade física; ela é um instrumento de educação e fortalecimento comunitário.

As rodas de Capoeira Angola realizadas no projeto promovem o respeito, a disciplina e o senso de coletividade. Ao praticar Capoeira, os participantes, especialmente as crianças e jovens, aprendem sobre a importância da resistência cultural e da preservação das tradições afro-brasileiras, enquanto desenvolvem habilidades físicas e cognitivas.

A Capoeira Angola também é integrada ao processo de educação ambiental no projeto, conectando os movimentos e ritmos com as dinâmicas da natureza. Essa conexão fortalece a compreensão de que a sustentabilidade não é apenas uma questão técnica, mas também cultural, envolvendo a preservação de valores, histórias e práticas que sustentam a vida em comunidade.

Além das práticas agroecológicas e da Capoeira Angola, o Programa Educação e Agroecologia de modo geral integra atividades de arte educação como uma forma de enriquecer o processo formativo e cultural das comunidades escolares envolvidas. A Arte Educação é utilizada como uma ferramenta para sensibilizar e engajar as pessoas, especialmente jovens e crianças, em temas como sustentabilidade, direitos humanos, e a valorização da cultura local e dos conhecimentos tradicionais.

As oficinas de Arte Educação incluem música, teatro, brincadeiras e outras expressões artísticas que ajudam a refletir sobre as relações entre os seres humanos e o ambiente. Estas atividades, que acontecem através das visitas das escolas à sede do CTA, não apenas estimulam a criatividade e a expressão pessoal, mas também promovem o diálogo e a construção coletiva do conhecimento, conectando a Agroecologia com a cultura e a identidade das comunidades rurais.

Em resumo, o Programa Educação e Agroecologia do CTA-ZM, junto com os Projetos Curupira e Conviver, reafirma o compromisso da organização com a formação de sujeitos críticos e conscientes, capazes de transformar suas realidades e construir um presente e um futuro onde a Agroecologia seja uma prática em todos os aspectos da vida rural. Esses projetos são mais do que iniciativas educativas; são movimentos de resistência e transformação que buscam um modelo de desenvolvimento que respeite as pessoas e o meio ambiente, promovendo a justiça social e a sustentabilidade.

 

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